Onde os governantes têm coisa melhor a fazer que subornar deputados, tentando escapar da cadeia


Ao povo russo 

3/8/2017, Dmitri Medvedev, 1º ministro da Rússia (trad. automática revista pelo Coletivo VILA VUDU)

A assinatura pelo presidente dos EUA do pacote de novas sanções contra a Rússia terá algumas consequências. Em primeiro lugar, põe fim às esperanças de melhorar as nossas relações com a nova administração norte-americana. Em segundo lugar, é evidente declaração de guerra econômica dos EUA à Rússia. Em terceiro lugar, o governo Trump deixou ver sua total fraqueza, ao entregar o poder executivo ao Congresso, da forma mais humilhante. O pacote de novas sanções contra a Rússia e a rendição do presidente ao Congresso mudou a relação de equilíbrio entre os poderes nos círculos políticos dos EUA.



E o que significa para eles o evento das novas sanções econômicas contra a Rússia? O establishment norte-americano 'entregou' o presidente Trump, enganou-o totalmente [bem diferente, nisso também, do Brasil, onde o presidente golpista enganou todo o Parlamento, que se vendeu barato e foi correspondentemente comprado (NTs)]. O presidente Trump não está satisfeito com as novas sanções, mas não conseguirá deixar de assinar a lei. 


A questão das novas sanções surgiu, em primeiro lugar, como outra forma de derrubar Trump. Novos passos estão por vir, com o propósito de derrubar o presidente eleito dos EUA. O sistema não suporta a existência de jogador não sistêmico. É indispensável removê-lo. 


Mas até os interesses da comunidade empresarial nos EUA estão sendo ignorados. A histeria anti-Rússia tornou-se parte essencial da política externa dos EUA (o que já aconteceu muitas vezes), mas também da política interna (o que é novidade).


O regime de sanções foi legalizado e incorporado à 'ordem' normal, e permanecerá em vigor durante décadas, a menos que aconteça um milagre. 


A nova legislação será mais inflexível que a emenda Jackson-Vanik [emenda à Lei de Comércio de 1974, assinada em janeiro de 1975], uma vez que é abrangente e não pode ser levantada por ordem presidencial especial sem a aprovação do Congresso.

Com tudo isso, as relações entre a Rússia e os Estados Unidos tornar-se-ão extremamente tensas, independente da maquiagem que o Congresso aplique aos próprios atos e de quem seja o presidente. 


Haverá novas longas disputas nos órgãos envolvidos e em tribunais internacionais, aumentarão as tensões internacionais e mais rapidamente aparecerá que se recuse a decidir nas grandes questões internacionais.


O que significa para nós, russos, a nova lei de sanções?


Os russos continuaremos a trabalhar para desenvolver a economia e o setor social, aumentaremos nossos esforços para substituir importações e para dar conta de nossas grandes tarefas nacionais, confiando sobretudo em nós próprios.


Aprendemos a fazê-lo nos últimos anos, em condições de mercados financeiros quase fechados e, também, ante o medo dos investidores estrangeiros e dos credores de investir na Rússia, frente a sanções criadas também contra terceiros países e empresas. Em certo sentido, a Rússia já está colhendo proveitos do regime de sanções, embora as sanções não passem a ter, por isso, qualquer sentido; nem deixem de ser medida completamente irracional. Com certeza os russos saberemos lidar com as novas sanções.



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